Um
Casal de Elementos Estranhos na Minha Casa
Entrou
em nossa casa sem pedir permissão,
Por indicação,
E sem pedir licença,
Com nossa antecipada permissão
E premeditada dois
“Elementos”.
O
“Casal de Elementos Estranhos” Compara-se com um casal de pessoas, um homem e uma mulher,
porque assim tais elementos se comportam e se diferenciam dos demais.
Vou
discorrer em forma de um “Conto de Fadas”:
Certo Dia chegou à minha casa uma “Mulher” linda,
maravilhosa, vaidosa, com um visual moderno e aperfeiçoado e porque não
meticulosa e fantasiosa?!
Como
eu disse: Linda! Com algumas curvas sinuosas e um rosto plano sem defeitos que
exibia com riqueza de detalhe a imagem.
Ela começou a
anunciar a chegada de seu “esposo”, falava dele de modo fantástico e bastante
convincente...
Meus pais e eu nos
rendemos aos seus encantos e a sua lábia incontestável...
Aguardamos o inicio
do mês e fomos busca-lo numa esquina bem movimentada, dentro de uma loja bem
ampla e confortável que fazia festa pra ele, pois este “Bom moço” era um dos
campeões em vendas...
Trouxemo-lo com o
maior cuidado e delicadeza do mundo para morar em nossa casa com todos seus
acessórios e apetrechos...
Sem contar que arrumamos um cantinho só pra ele, como havíamos
arrumado para ela.
Os Cuidados com o “Casal
de Elementos” era tanto que ninguém poderia danifica-los nem por acidente.
A “A Bela e Fera” com
seus encantos; seduzia a meu pai e a minha mãe de modo assustador.
Para nós ditava
regras contrárias ao que nossos pais havia nos instruído,
Nossos pais
contestavam, mas sem maiores represálias a tal Bela Senhora.
A “Fera”, que me
refiro era o elemento Masculino, que de tão culto, precisávamos de cursos ou de
máxima atenção para lidar com ele.
A “Bela” por sua vez
era o “Elemento Feminino” que era mais simples, pratica; bastava dá alguns
apertos num de seus acessórios cheios de botões coloridos.
A Bela fascinava, nos
seus contos nos fazia chorar, rir, emocionar e às vezes nos causava grande
suspense e curiosidade...
A
“A Fera” nos falava das mesmas coisas, só que com mais profundidade e de modo
mais explícito, picante...
E nos comprometia
de tal modo que tínhamos medo de abrir a boca e contar para nossos pais.
Ele
Falava de todo e qualquer assunto que digitávamos, sem nenhuma restrição, ele
não só falava, mas também mostrava as cenas imorais que meus pais nem sonhavam
em nos mostrar.
Tal “Casal
de Elemento Estranho” nos atraia com seus contos fantasiosos e mirabolantes; mas
havia uma coisa interessante em seus contos, ela nunca terminava contos, todos
os dias era um “capítulo eletrizante e emocionante”, contado por partes.
Como uma mulher muito
bem informada, o elemento feminino nos notificava sobre a vida alheia de
pessoas importantes e famosas (RS!) e pra quebrar o galho a gente acreditava em
tudo, do jeito que ela nos noticiava.
Enquanto o isso seu
esposo/elemento se passava como um excelente instrutor, pois assim ele foi
apresentado por sua esposa, e do mesmo modo os nossos pais justificavam a sua
vinda para nosso lar.
O problema é que
nosso instrutor não possuía um “Regulador de Instruções Eficiente”.
Então, ele nos instruía em tudo aquilo que era virtuoso e útil, e
principalmente naquilo que desvirtuava e inútil.
O “A Fera” também trazia problemas para meu pai nas altas horas da noite, ele convidava meu
pai para uma “Conversinha Particular”, lá no cantinho da casa, e ali ele
ludibriava meu pai, com falsas promessas e ‘Encontros’ nada convenientes.
E Aí de
minha mãe se ela entrasse no local sem bater a porta
Todavia, meu pai não era
o único a aplicar esse comportamento...
Depois ele tinha uma
“Conversinha secreta” com minha mãe que também era convencida por ele com “juras
de amores eternos e perfeitos”
Essa “Conversinha
Privativa” eu conhecia muito bem, pois, as escondidas de meus pais, eu também
tinha com tal “Elemento Masculino”, como numa sala de Bate-papo...
Mas meus pais sempre
brigavam por causa dele...
A “Bela” na sala;
chamando a atenção de todos, até dos visitantes desejados e indesejados...
Ela
dava mais atenção a nós, do que nossos pais; era uma “Babá quase perfeita”.
Ele por sua vez era o
Professor sem escrúpulos, que sabia de tudo e dependia de nosso interesse para
nos ensinar coisas boas.
Esse “Casal de
Elementos Estranhos” passou a morar
conosco com nosso aval, brigávamos e discutíamos por causa deles, na presença e
não ausência deles, mas eles nem saiam do lugar e nem se tocavam para ir
embora.
Outra coisa, ninguém
queria que o “Casal de Elementos” fosse embora, pois eles nos entretinham o
tempo todo...
Tamanho era o
fascínio que tínhamos pelo casal que eles tomavam a maior parte de nosso tempo,
inclusive o tempo de ir a Igreja, a escola, ao trabalho...
Interferia nas atividades domesticas quase sempre, não
ajudavam, mas davam palpites, sempre os mais sofisticados, nos humilhando e nos
fazendo de imbecis, sem que nós percebêssemos.
Fazia-nos sentir
ultrapassados...
Despertava em nós um
alto interesse de compras, nos tornando viciados em “Comprar” o supérfluo e
caro...
Apresentavam para nós
um “Mundo Perfeito”, apesar de o mundo ser Imperfeito...
Conduzia muitos de
nós e até nossos vizinhos aos erros sem mostrar as terríveis consequências.
O casal era
manipulador, atraente, “aparentemente indispensável”, cheio de cores, magia,
dicas, novidades...
Não sei se você
diante de tantas descrições já descobriu o nome do “Casal de Elementos”.
Este “Casal de
Elementos” não sei, se você já identificou, trata-se do famoso Computador (PC)
e sua ilustre companheira conhecida como Televisão.
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